Alienada na aula de Literatura Brasileira III.
Todos conversam, há burburinhos pelos cantos.
Os grupos se reunem. Os amigos se encontram.
Assuntos de todo tipo, dos pessoais aos acadêmicos.
E eu, observando, esbarrando em meus pensamentos.
Fico a vagar, percorrendo, com o olhar, meu caderno de rascunhos.
À procura de lembranças, de textos possíveis, que caibam ao momento.
Procuro por escritos dentro de mim.
Faço rabiscos nas folhas de pautas já preenchidas com minha letra.
Desenho estrelas, colorindo-as com meu grafite.
Escrevo meu nome. Meu sobrenome. Minha rubrica. Apenas eu.
Minha lapiseira não para em minhas mãos.
A borracha, a uso sem hesitar, a todo instante.
Até que surja algo para me salvar da minha pequena e insignificante, pois momentânea, solidão.
Enquanto não surge, continuo a escrever.
Alieno-me escrevendo. Escrevo alienando-me.
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