24 de janeiro de 2014

Borboleteando



Hoje acordei com a leveza de uma borboleta, que bate suas pequenas asas e flutua lindamente no ar, numa exuberante dança-voo.

Borboleta que, outrora lagarta, se arrastava pelo chão, insignificante. Agora, já fora do casulo, voa para lá, volta, e novamente se vai; move-se para onde deseja ir. Livremente, sem receios.

O metamorfoseado ser brilha dentro de si, e faz irradiar, para o mundo lá fora, todo esse brilho. Não mais em sua íntima prisão, mostra-se, sem pudores.

Movendo-se com uma inocência sedutora, e uma sedução inocente, traz consigo uma delicadeza admirável. Bonita de se ver. Voa leve.

E, leve, eu me sinto. Leve, eu, agora, me deito.


(Imagem retirada de: http://nollivrodavida.blogspot.com.br/2011/01/entao-borboleta-abre-lentamente-suas.html)


23 de janeiro de 2014

Estranho-maldito medo

É estranho ser esquecido. Da noite para o dia, ninguém se lembra mais de você. É como se sua existência fosse apagada da memória de outrem.

Estranho. Triste. E dói, né?

O medo da perda é o que me move na direção contrária à do amor. As poucas perdas já experimentadas foram o bastante para eu não querer sentir. E, ainda assim, dentro de mim há uma explosão de sentimentos.

É tudo tão intenso. Sempre. Intenso na mente. E acaba tornando-se intenso no corpo todo. Nunca sei para onde irradiar tantos sentimentos. Tantos medos. Tantos sonhos... E assim, viro refém. Estou presa.


E essa prisão não me permite viver. Não me permite sentir como eu deveria, ou gostaria.

E, assim, sonho com a liberdade. Mas não tenho coragem para transformá-la em fato. Culpa do medo. Maldito medo.



21 de janeiro de 2014

Saudade doída

        A saudade, que nunca antes me tocou, resolveu esbarrar em mim. Uma saudade doída. Ela chegou logo ao entardecer. E a partir de então, não desgrudou.
        Tentei sabotá-la, substituindo-a pelo consumismo, que também jamais fez parte de quem sou.
        Funcionou por algum tempo. Pude transferir meu pensamento e minha energia para aquela atividade que, por um momento, me fez bem. Porém, com o seu fim, a dita cuja voltou e martela meu cérebro até agora. E faz doer. Muito.
        Só queria parar de pensar tanto nas palavras já escritas. No frisson causado por aquelas expectativas. Nas risadas e canções compartilhadas. E numa possibilidade de ser, de ter, de sentir, que, eu sempre soube, jamais se tornaria real.
        Sinto falta da presença virtual. E até da física. Da amizade que eu pensei ter surgido no lugar de... Nem sei do que chamar. Algo que se foi, sem nem mesmo ter chegado. Algo que, sem nem ter começado, já terminou. E isso me faz triste. Isso me faz sentir saudade.

16 de janeiro de 2014

Você, desconhecido

Você, que ainda vai chegar
Virá pra me fazer sorrir
Virá pra segurar minha mão
Me olhar nos olhos e me permitir
Ser eu, do meu jeito, assim
E te querer assim, sendo você.

Você, que ainda vai chegar
Virá pra me fazer sentir
Que nada antes vivido foi em vão
E nada poderia ser antes de ti.
Porque só você virá pra mim
Pra me ganhar e me deixar ganhar você.

É você que vai me amar.
E vai me deixar amar você.

Te espero, ainda sem esperar.
Te quero, ainda sem querer.
Chegue, e quando chegar
Eu vou saber que é você.

13 de janeiro de 2014

O pedido

"Aceita ser meu amigo?" - Ela perguntou mentalmente.
E, mentalmente, obteve a resposta esperada:
"Sim, é o melhor pra nós."

Faltou somente a coragem, para tentar transformar seus pensamentos em ação.
E se tornar completa por isso. E com isso.
Coragem, para fazer, de seu desejo, a sua realidade mais feliz.

E ponto.

Há coisas que te tiram o chão. Mas somente por um tempo. Depois que tu te acostumas, vem a calmaria e a certeza de que o certo virá.

Muitas tempestades são criadas a partir de determinadas expectativas frustradas. Mas aquelas servem de aprendizado e amadurecimento.

Ainda que, no fundo, tu estejas em pedacinhos, tem a certeza de que o que se quebrou poderá ser consertado. Apenas espera o tempo chegar.

E se não houver motivos para ficares em pedacinhos, não fiques. Esquece o que está (ou pode estar) subentendido. Não sofras se não o quiseres.

Não procures possíveis dores quando queres evitá-las. E ponto.

8 de janeiro de 2014

Desejos para 2014

       Para 2014?
        Ora, desejo muitas reflexões. E, a partir daí, começos, recomeços, pausas para mais reflexões. Mas nunca um fim. Jamais!
        Desejo, também, muitos céus azuis. E aquele sol iluminando cada dia que nascer (ou a sua maioria)! O verde é sempre bem vindo. Em quaisquer circunstâncias. E, claro, amarelo-ouro. Nunca é demais! Além disso, uma pitadinha de vermelho. Aliás, vermelho a gosto. Por que não? ;-)
        E rosa. Muito rosa; os mais variados tons. Que transborde para todos. Em todos.
        Desejo uma história linda e colorida para mim. Para vocês. E para quem estiver junto a nós. :-)

7 de janeiro de 2014

Cantar ao Vento

Cantando,
deixo que o vento me leve.
E dou a ele a chance
de trazer algo bom pra mim.
Cantando, tenho a alma livre
de qualquer dor e pranto;
subitamente, me encontro feliz.
Pois meu cantar é sincero.
É puro. É completo.
Há de espantar os meus males.
Renovar esperanças.
Aliviar-me de mim.

6 de janeiro de 2014

It would have been beautiful

Maybe if you hadn't shown up in my life
Or maybe if you had shown up slowly inside of it
Maybe if you hadn't expected something from me

It would have been beautiful
It would have been beautiful
It would have been beautiful

When we are together it's not natural
We have no words and no action
All we do is small talk to avoid an embarrassing silence
And why is there this silence?
Why is that all so weird?

Maybe if you hadn't shown up in my life
Or maybe if you had shown up slowly inside of it
Maybe if you hadn't expected something from me

It would have been beautiful
It would have been beautiful
It would have been beautiful

But it's not
No, it's not
No, it's not beautiful.

My life is now upside down
Because of you and me
My life is now upside down
Because you entered it.