Da janela do ônibus vejo a vida passar
Vejo luzes e cores, mesmo quando o caminho é escuro
Há pessoas nas calçadas
Automóveis rumo a estradas
Prédios, casas, comércio e jardins
Dos muros de concreto às grades de ferro
Todos passam por mim
Da janela do ônibus vejo traços, vultos
Pedaços de imagens
Que correm diante de meus olhos
Há crianças, casais e indivíduos solitários
Trabalhadores, estudantes
Indo e voltando, apressados ou a passos lentos
Imagino para onde vão e o que há em seus pensamentos
Será que me veem?
Se me vissem o que veriam?
Pensariam quem eu sou e para onde o ônibus me leva?
Se eles tivessem tempo para isso...
Meros passantes, viventes
Caminhando, correndo
Ou parados nos semáforos
Esperando a hora de iniciar seus passos
Mas não passageiros
Que, como eu, inertes
Apenas os avistam e esperam a próxima parada
Porque só da janela do ônibus
É que somos observadores da vida
E até de nós mesmos
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