A bailarina já não quer dançar
No palco que agora se transformou
Em piso de madeira, em pano e luz
E só, e só
Aquele que antes era o seu lugar
Agora já não lhe pertence mais
Já não se sente mais parte dali
Foi só, foi só
Uma fase de experimentação
De novos ares para respirar
A algo novo poder se entregar
Sem medo nem segredo
Mas como toda fase, essa acabou
Ou está por acabar
E enquanto um renovo não vier
A bailarina não quer mais dançar
Agora nada de ponta dos pés
Agora nada de pliès, sautès
Nem piruetas, glissades, cambrès
Já basta, já basta
Agora nada de dança por dança
De um corpo vazio a se mover
Quase sem vida, quase sem nada
Já basta, já basta
A sapatilha, ela vai pendurar
Para enfeitar seu quarto e poder
Sempre ver e lembrar
Que um dia ela quis se arriscar
Que um dia ela, como flor, se abriu
E essa canção ela já quis dançar
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