Mais um rosto. Por ora, é o que prefiro dizer. Sou apenas mais um rosto. Como todos os serzinhos que habitam por aí,
"Sempre, eu me disfarço sempre
E não me encontro
Nem sei qual a cor da dor
De ser mais um rosto que mente". (Mais um Rosto – Sandy)
Sou comum. Tão comum que, assim como os outros rostos, corpos, espíritos no meio da multidão, me perco em pensamentos. E não me encontro.
"Se você me perguntar o que é que eu tô fazendo
Eu digo que não sei
Se você me perguntar o que eu quero do futuro
Eu digo que não sei
Só sei que eu espero que a vida me mande algo bom
Só sei que eu não quero cantar minha trilha fora do tom". (Tão Comum – Sandy)
Assim, vou vivendo, tentando me descobrir. Em mim e por mim mesma. Nos outros, por eles mesmos...
Descubro-me e redescubro-me. A todo o momento. Sem fim.
Se a descoberta por completo ainda não veio, talvez seja porque tenho muito a viver. Talvez não. Mas não importa.
“Não sei... Se a vida é curta
Ou longa demais pra nós,
Mas sei que nada do que vivemos
Tem sentido, se não tocamos o coração das pessoas.
Muitas vezes basta ser:
Braço que envolve,
Palavra que conforta,
Silêncio que respeita,
Alegria que contagia,
E isso não é coisa de outro mundo,
É o que dá sentido à vida.
É o que faz com que ela
Não seja nem curta,
Nem longa demais,
Mas que seja intensa,
Verdadeira, pura... Enquanto durar”. (Saber Viver – Cora Coralina)
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