27 de setembro de 2008

Férias forçadas

       Certamente, isto iria acontecer. Eu ingressei na Universidade já sabendo dessa possibilidade, mas não esperava que ocorresse tão cedo.

      Não tenho mais vontade de fazer nada. Não leio, não estudo. Nem escrevo mais aqui. Me sinto desmotivada, desanimada, desapontada. Nenhuma mínima palavra pode sintetizar o que estou sentindo. Na verdade, não sinto nada.

      Quero sentir força, ânimo, coragem. Quero seguir em frente, não desistir. Mas com essa greve, tudo muda. São minhas férias forçadas. Da faculdade, que já não me satisfazia mesmo (apesar de estar apenas no 2º período), da rotina, de mim. Sim, férias de mim mesma... Desses meus pensamentos sempre cheios de esperança, dessa minha mania de achar que tudo vai dar certo. Ora, que bonitinho, tão otimista! Pra que me serviu tudo isso? Deixei de fazer muita coisa, que adiantaria a minha vida, por causa do meu otimismo. E agora, estou de mãos e pensamentos vazios...

      Não surge nenhuma nova idéia. Nada pra me satisfazer durante esse tempo vago. O que posso fazer?

      Sou fraca. Não imaginava o quanto. Pensei que teria força de vontade. Mas não. Queria ser como a minha mãe, que sempre enfrentou tudo para conseguir alcançar seus objetivos na vida. Mas não sei ao menos quais são os meus. Eu tenho objetivos? Vai ver que tinha. Mas já não me lembro quais são, nem como conquistá-los.

      Só sei que PRECISO ter algo em que acreditar. Não dá pra jogar tanto tempo de estudo, dedicação, fé pela janela, só por causa de alguns obstáculos.

      Se eu voltar ao otimismo de que falei, pode ser que melhore. Por que não? Não custa nada pensar positivo mais um pouquinho. Mas vamos ver até quando.


4 comentários:

  1. Poxa Nat, que chato. Essas greves só atrapalham mesmo. Mas o importante é não desanimar com isso. Sabias que isso ia acontecer mais cedo ou mais tarde (no caso, bem mais cedo), mas isso se tornou parte dessa desafiadora jornada na faculdade. Obstaculos são feitos para serem superados e não podes deixar isso atrapalhar nos seus objetivos, mesmo que eles não estejam claros ainda.
    Não és fraca, apenas estas surpresa por essa greve ter vindo tão cedo e indignada pela situação. Eu sei como é, já passei por isso. Mas temos que seguir em frente sempre fazendo algo. As aulas podem ter parado por enquanto, mas a gente continua sempre seguindo o nosso caminho....nossos objetivos, nossos desejos, nossos sonhos que podem não estar evidentes agora, mas sempre temos algo a conquistar e não é uma greve que vai abalar isso. Portanto, Avante Nat!!!! Não pare nunca!!! =D

    Beijos minha amiga

    Marcivaldo Lira

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  2. Juro que se tivesse lido este texto no meio de um monte de outros textos e me mandassem dizer qual era o seu, eu eliminaria-o logo de cara. Não parece algo que Natália escreveria, mas é bom saber que até Natália muda!

    Num consumo imediato, eu diria queo texto e o seu sentimento são de cunho pessimista, mas é só refletir um pouco mais pra perceber que não. Talvez nestas linhas esteja descrita a metaforfose de alguém acostumado a abaixar a cabeça na vida e que agora diz "não". Uma Natália talvez, madura e cheia de otimismo para o novo.

    Uma Natália que tem alma de artísta e que grita por vida!Que quer viver!!! Você ainda tem toda uma vida pela frente e sempre terá... E como "Não é pelo muito falar..." Vou parar por aqui, mas só quero lembrar uma coisa: a foto é do outono e tal, uma estação fria, onde as folhas caem... Mas no meio da foto o Sol está lá. Impetuoso, como que gosto de dizer que ele é. Brilhando, brilhando. Mesmo com frio, mesmo sem folhas e flores, o Sol, ah o Sol... Ele sempre brilhará por nós!

    Amiga, este é só um suspiro antes do grande mergulho; um silêncio que antecede um barulho ainda maior. No mergulho, podemos ver corais;
    havendo barulho, a gente dança!!!

    Bjo, jah falei demais.

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  3. Marcivaldo, obrigada pela força! Não vou desanimar. Vou ser otimista mais um pouquinho e ainda conseguirei me formar! (Risos)
    Greves acontecem a toda hora, isso é um fato da rede pública. Estou me habituando a essa rotina... Fazer nada é bom de vez em quando. E se o de vez em quando virar sempre, vou tentar algo diferente, até mesmo continuar com as leituras! (Risos)
    Beijos pra ti, obrigada sempre!

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  4. bom natália, sinto o mesmo que vc, desânimo. Relaxei o que comecei me dedicando, acreditando que estou construindo meu futuro. Bom uma coisa me ajuda muuuuitíssimo e pode te ajudar tb, pensar em Deus. Leio muito sobre Ele e Jesus, se quiser tenho uns sites que sempre visito, através de Deus pude entender pq existo, oq estou fazendo aqui. É algo que me conforta e me dá ânimo!
    Fica com Ele. bjãoo


    ass. Marcella Torres

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