17 de novembro de 2016

Quando ela aflora

Quando aflora
A mais espinhosa flor
Recomenda-se distância
Pois, sem querer ferir-te
Ela não se pode conter
E à carne, fere profundamente

Quando aflora
A mais fina flor
Recomenda-se rara aproximação
Pois leve e frágil
Suas pétalas vão ao chão
Ao mais tenro toque

Se a mais suave, porém espinhosa flor aflora
O cuidado é redobrado
Pontiagudos, os espinhos te rasgam
Mas também a si mesma

Suas delicadas pétalas caem
Finas vestes encontrando a dureza de tais espinhos
Que explodem, um a cada vez
Ou todos juntos, desordenadamente

Tenta se conter
Mas controlar-se, para quê?
O autocontrole é imperfeito
Quando esta flor desponta

Necessária explosão
Algumas vezes exagerada
Dependendo apenas
Do que despertar seu aflorar

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